Hunter S. Thompson

Hunter S. Thompson

Olá pessoal hoje nós vamos apresentar a vocês um motociclista completamente maluco, na matéria de hoje vamos falar sobre Hunter S. Thompson.

Não sei se vocês já ouviram esse nome, mas se não, é hora de procurar seus textos e conhecer melhor tudo o que ele já escreveu.

Nós já citamos ele aqui na ANI, mas desta vez vamos apresenta-lo melhor.

Thompson foi um jornalista norte americano dos anos 60/70, e assinava textos da recém-nascida rolling stone. Foi um escritor muito porra louca, um dos mais inteligentes da geração dele e, talvéz, dos últimos tempos. O cara era doido, mas doido mesmo, nada de loucura controlada ou maluko beleza não, ele viveu além do "mundo" no qual estava inserido.

Ele escreve  seus textos de forma real e toca na ferida (mesmo quando Thompson escrevia linhas e linhas da mais pura mentira, estilo que mais tarde se tornou uma das principais características do Jornalismo Gonzo). Na época que os norte americanos estavam desiludidos com o sonho americano, quando a política era uma vergonha (era?!) e a contra cultura dava seus primeiros passos, Thompson resolveu fazer uma viagem-reportagem pelo deserto à caminho de Las Vegas, em busca desse “american dream” pedido ha tempos.

A maioria das pessoas que conhecem o escritor o conhecem graças ao filme “Medo e Delírio em Las Vegas”, com Johnny Depp no papel de Thompson e Benicio Del Toro como um advogado também porra louca, amigo e companheiro de Hunter Thompson na sua viagem pelo interior dos EUA. O filme foi baseado no livro-reportagem homônimo, escrito por Thompson.

Além de “medo em delírio em las vegas”, um livro recheado de drogas e metáforas para representar a situação dos Estados Unidos na época, Thompson escreveu outros livos, o de maior repercussão foiHell´s Angels – Medo e Delírio Sobre Duas Rodas”, no livro ele seguia a vida de uma gangue de motociclistas bem conhecida na época. Ela apavorava todo o País, mas Thompson admirava todo movimento contrário ao ideal norte americano e, claro, resolveu decifrar o que vivia por baixo daquelas rodas.
Em resumo, sua surpresa não foi boa. Thompson presenciou festas onde os membros da gangue estupravam jovens e viajavam por longas horas sobre o efeito de drogas ainda pouco conhecidas, rsrsrsrs, nada muito politicamente correto.

Através de suas matérias loucas para a revista Rolling Stone, Hunter Thompson criou uma nova forma de fazer jornalismo, fingindo ser desprentencioso, mas sempre abordando temas importantes para a sociedade de uma forma debochada e preocupada em pisar no calo e meter o dedo na ferida.

Thompson chegou a espalhar um boato através de seus textos na Rolling Stone, dizendo que um cantidado a presidência dos Estados Unidos era viciado em uma droga brasileira chama Ibogaína. Depois, ele se defendeu dizendo que só brincou com a história, e a própria população foi a responsável por estimular os rumores.

Thompson chegou a se candidatar como xerife de uma pequena cidade chamada Aspen, mas perdeu as eleições por pouco. Ele pretendia legalizar a maconha, alegando que existem problemas maiores no mundo para o governo se preocupar.

Hunter Thompson sempre foi apaixonado por armas, mas era um pacifista. Só tinha coragem de fazer mal contra si mesmo, para o resto do mundo ele transmitia apenas a realidade, com uma dose muito grande de delírio, influenciado sempre por uma mistura louca e quase mortal de novas drogas, fosse LSD, Heroina, Haxixe ou Maconha mesmo.

A fama começou a surgir de verdade em 1966, doido como ele só, Thompson fez amizade com os Hells Angels, com quem conviveu na estrada por cerca de um ano. A reportagem tornou-se o seu primeiro livro: Hell’s Angels – Medo e Delírio Sobre Duas Rodas.

Outra publicação de sucesso foi o livro Fear and Lothing in Las Vegas, lançado por aqui em 1984 pela Editora Brasiliense sob o título de Las Vegas na Cabeça e hoje fora de catálogo. Acompanhado do advogado Oscar Acosta, Thompson transformou o que seria uma matéria comum sobre uma tradicional corrida de motos de Las Vegas [a Mint 400] em um registro fantástico e jamais inigualável no qual descortinou a fragilidade do american way of life.



O que deveria ser uma simples matéria de 250 palavras transformou-se em um marco da contracultura, publicado inicialmente pela Rolling Stone – “a única revista dos Estados Unidos na qual eu poderia ter publicado o livro”, declarou Thompson. Medo e Delírio em Las Vegas, inclusive, acabou sendo adaptado para o cinema em 1998, com Johnny Deep no papel principal e Benício del Toro como Acosta. É óbvio que Medo e Delírio... é resultado do uso compulsivo de todos os tipos de drogas imagináveis durante vários dias seguidos. “Só uma porra de um lunático escreveria um negócio como esse e alegaria ser tudo verdade”, declarou o autor a respeito de sua obra-prima.

Em outras palavras, Hunter criou o gonzo, estilo de reportagem no qual o autor do texto se transforma no personagem principal da notícia e ele fez isto em cima de uma motoca!

Contudo, a loucura e a imprevisibilidade do americano foi tanta que até na hora de sua última história ele pegou todo mundo de surpresa: enquanto conversava ao telefone com a esposa, ele, que sobrevivera a overdoses no passado, disparou um tiro contra sua cabeça.

The Edge……Não há maneira honesta para explica-lo por que as únicas pessoas que realmente sabem onde ele está são aquelas que o ultrapassam. Os ouros – os vivos – são aqueles que pressionaram tanto sua sorte, que pensaram que poderiam deter-la e puxa-la de volta, fazer com que ela diminuísse a velocidade. Fizeram de tudo para que chegasse a hora de escolher entre Agora ou Depois. Mas o limite continua lá. Ou talvez não. -- Hunter S. Thompson