45 Anos depois do Filme

45 Anos depois do Filme

Já faz um pouco mais de 45 anos, mas quando paramos para pensar sobre um pouco da cultura motociclista, o Filme Easy Rider ainda está em nossas mentes.

Afinal, qual a relevância que este filme teve para os dias de hoje?

Em 23 de fevereiro de 1968 - 45 anos atrás - em meio às festividades do carnaval em Nova Orleans, Dennis Hopper começou a filmar um filme de baixo orçamento sobre dois bikers traficantes de drogas, que tinham como único objetivo pegar a estrada para o Big Easy e tomar uma viagem de ácido. (Nada politicamente correto para os padrões  sociais de hoje, rsrsrs)

"Easy Rider" prometia ser um sucesso de bilheteria. O produtor e estrela, Peter Fonda, estava em evidencia devido a seu ultimo sucesso nas telonas, "The Wild Angels”.

Anexado no elenco, também tinhamos Jack Nicholson, que após ler o roteiro pré filmagem, já dizia: “Deste filme nínguem me tira, isto vai ser uma máquina de fazer dinheiro.”
 

O único elo mais fraco, aparentemente, era Hopper, um “sub” diretorzinho de filmes da Warner Bros, Ele havia recebido um telefonema no meio da noite, a partir de seu melhor amigo Fonda, que estava em um hotel barato em Toronto promovendo "The Trip".

 No meio de algumas Heinekens e articulações, Fonda teve uma visão destes dois motociclistas andando através do grande nada, indo em busca de nada mais do que a liberdade e Fonda pensou, quero Hopper para ser O Cara! O Elo da amizade entre os 2 motociclista, para ser o Maluco Beleza! E Também o que melhor do que um maluko para dirigir um filme sobre malukos!?

A ideia era criar um conto caótico e pscicodélico explodindo idéias revolucionárias na cultura americana, atiçando uma tocha de contracultura, para transformar os paradigmas sociais em uma zona de guerra.

 Além das drogas - maconha, cocaina, velocidade, vinho tinto, martinis, provavelmente ácido – temos no filme também os maravilhosos sons da motocas gritando pelas ruas de New Orleans. 

O interessante era que Peter Fonda e Hopper traziam o comportamento dos personagens das filmagens para a vida real no meio das gravações! Houve relatos de armas de fogo disparadas por Hopper, e depois Hopper literalmente lutando com seu cameraman pois queria mais rolos de filmes!. Também houve televisores lançados pelas janelas dos hotéis e a  atriz Karen Black disse que ela simplesmente não podia acreditar que ela estava presa em New Orleans com todas essas pessoas loucas.... Isto sem podermos esquecer de que Hooper entrou em atrito com a multidão de bêbados do Set de filmagens, com um "Eu sinto muito", "Eu estou tentando filmar um grande filme aqui". A multidão jogou latas de cerveja para ele, rsrsrsrs Ele havia criado o seus proprio monstro!

Aliás, a priori, Fonda, Hooper, Les Blank (um dos cineastas "underground") do filme, alguns câmeras e grande parte da equipe chegaram a serem demitidos pela Warner um pouco antes do filme estrear, mas depois foram readmitidos. rsrsrs

Mas, no final, as coisas deram certo, afinal o fime, muito mal filmado, custou U$300,000 e rendeu U$40,000,000!!! Rsrsrsrss

(Na famosa cena do cemitério, eles deveriam estar interpretando uma viagem de ácido... mas foi real mesmo, rsrsrs!)

Mas a pergunta que não se cala e que insiste em nos fazer pensar é: Por que é "Easy Rider" é relevante hoje em dia?

Bem amigos, o que importa é o espírito, a ideia de usar o meio do filme para realmente criar algo revolucionário.
Ao meu ver este meio que o filme expressa é o nosso desejo incontrolavel de liberdade, muitas vezes, nem sabemos corretamente onde estamos presos, se é no trabalho, se é na pressão social, se é na fámilia, ou se a fámilia é a liberdade, ou será que estamos presos pelo dinheiro?....

(Outra famosa cena onde eles deveriam estar interpretando uma viagem de ácido... rsrsrs!)

Mas uma coisa ainda é verdadeira na humanidade, há uma ansia em todos nós, uma ansia que nos permite gritar pela liberdade de espirito. Uma parte desta liberdade, pode ser alcançada sob uma motoca.
Afinal....  “Viajar de moto é paixão, é curiosidade, incontrolável de ver e rever estradas e paisagens, de sentir a liberdade, a sensação de risco, de sentir no mesmo dia, calor, frio, medo, saudade.”